sorriso besta . cabelo ao vento . pés descalços . abraço apertado

quinta-feira, setembro 25, 2008

*PATAVINAS*

Pra não dizer que nunca me atreví a rabiscar no papel aquelas palavras soltas, aqueles versos avulsos, aquelas idéias perdidas, ou seja, aquilo tudo que a nossa mente é capaz de fantasiar, vou agora mesmo, de forma desmedida, escrever todas essas coisas sem borracha para apagar – entenda ‘setinha para a esquerda’ – e sem dicionário na mão – entenda ‘na tela’ – para procurar a palavra mais cabível e agradável de ler. Vou apenas escrever ‘patavinas’. Assim:

a música: ‘Like a star’ de Corinne Bailey

o lugar: a cama no quarto

a bebida: água com gás

o mais: a caneta, a agenda, o celular e o controle da tv e do dvd

Queria que a música fosse minha; que o céu fosse de nuvens de algodão pra eu saltar de nuvem em nuvem, de estrelas de papel pra eu pegá-las no ar, de gotas de chuvas leves e doces pra eu deixar pingar em minha boca; queria sair correndo numa avenida cheia de árvores frondosas pra eu catar folhas, sentar na sombra, comer frutas, escrever poemas, ler uma crônica – ‘a moça deitada na grama’ – de Carlos Drummond; queria que a praia fosse deserta com sombra e castanheiras enormes pra eu sair chutando as ondas na beira do mar fazendo espirrar gotas salgadas no ar, deitar na sombra das castanheiras e sentir a brisa...

Na verdade eu não queria nada disso. Queria apenas ter você ao meu lado pra poder sonhar e, assim, tudo ao meu redor iria se transformar num sonho feito de conto de fadas.

Nada disso é real. Nada disso faz sentido.

Mas, uma coisa é certa, sonhar com essas coisas, as vezes, faz o coração bater mais acelerado.

Vou confessar: eu tenho uma música só pra você. Eu queria que você também tivesse uma música só para mim... a música... aquela tocada no violão, cantada na sua voz, e com palavras que se parecem magia.

E se um dia o sonho virasse realidade? Eu juro que contaria em versos, escreveria um romance, publicaria um livro que talvez virasse até filme.

Nada disso é real. Nada disso faz sentido.

Mas, uma coisa eu deixo clara: aqui, eu tenho o direito de imaginar qualquer coisa, de escrever como eu quiser, de soltar os meus devaneios da mente.

PARECE DANÇA QUE ME ENVOLVE E ME FAZ MEXER LEVE E MAGICAMENTE COMO NUNCA FUI CAPAZ!

Patavinas!

Por que é que a gente escuta músicas que nos remetem à uma dimensão romântica feita de sonho e fantasia?!

É como se a música tivesse o poder de nos transportar para um daqueles filmes românticos [comédia romântica ou não] onde a Julia Roberts, ou melhor, você é o personagem principal que vai encenar ao lado do cara perfeito uma linda história de amor.

Ergh! Chega de contos de fadas! Voltemos à realidade!

Espero que o mundo não se corrompa tanto e mais para que os meus/seus filhos tenham, num futuro, motivos para sonharem com contos de fadas e não histórias de lobo mau.


“Quando a gente é sincero, nem sempre as palavras são as mais sóbrias e elegantes.” [Elite da Tropa – livro]


Eu vou, mas eu volto... *estrela*

Um comentário:

Aline Biancardi disse...

huuum, pois é! Sei lá, eu não sou chegada em contos de fadas, o nome já expressa a calúnia. Não acha? Por isso não sou muito adepta em bombardear minha pequena filha com historinhas de cinderela e princesas em reinos mágicos, que sobreviveram a morte com um beijo.

Não que eu ache que o amor não exista, mas gosto muito de usar uma frase que cai muito bem. " Não corra atrás de quem você deseja, deixe que a vida traz quem você merece." (mais ou menos assim)

beijooooo