sorriso besta . cabelo ao vento . pés descalços . abraço apertado

quinta-feira, junho 28, 2012

*PRESTÍGIO DELA*

'a moça tá diferente
guarda um segredo, um desatino'


ela finge que dorme só para ser acordada com ele tocando pra ela; ela fica quieta ouvindo ele recitar um poema; ela segura a mão dele enquanto assistem um filme; ela sai na rua abraçada com ele; ela escreve poesia enquanto ele canta pra ela; ela aprende a comer sushi com ele; ela chora e ri, vai ao teatro e ao cinema com ele; ela se inventa enquanto ele se re-inventa pra ela.
quase sempre tem um sol, o nome dele e, quase sempre é inevitável não saber que ele lhe faz feliz!
esse AMOR é somente um PRESTÍGIO dela!
tem amor que não se explica, tem gente que chega pra ficar e, isso não quer dizer que serão amantes, serão apenas amados [seja lá qual a forma que esse amor tiver].


destoante do sossego, a rudeza que se opõe com todo vigor à delicadeza dos gestos, à gentileza!




eu queria que os seres humanos fossem um tanto elegantes - pra não dizer inteligentes e chamá-los de burros - para deixarem de lado essa sede e fome de acúmulo de bens e, olhassem pro lado, pra frente, pra todos os lados e, assim, perceberem que tem gente morrendo de inanição, que o outro sente dor, que no mundo falta amor.


quem me inspira hoje: os que são gentis

sábado, junho 23, 2012

*VULGAR E SUPERFICIAL*

'para todas as coisas: dicionário
para que fiquem prontas: paciência
para dormir a fronha: madrigal
para brincar na gangorra: dois'



"[...] A liberdade é inevitavelmente mais imprecisa. A liberdade é aquele espaço em que a contradição pode reinar, é uma discussão interminável. [...] E é também mais que mero relativismo, porque não é meramente um palavrório sem fim, mas um lugar onde as escolhas são feitas, os valores definidos e defendidos."
Márcia Fontes

Enquanto as mulheres vulgarizam a beleza e os homens depreciam as palavras, ou vice-versa, o mundo vai se inundando de vulgaridade e a superficialidade vai se tornando característica comum. E, no compasso dos tempos, no tique-taque dos relógios, a vulgaridade e a superficialidade vão sendo cada vez mais naturais e as pessoas mais artificiais.

falta o singular, o encanto, o olhar atento
sobram os vazios e infinitas indagações

Por acaso o sujeito lá repara no lápis de cor da criança que colore o papel? Ou repararia ele nas cores das roupas no varal? Ou mesmo no verso simples escrito em um guardanapo? Que nada! O sujeito se interessa muito mais em ver a cor do batom na boca, a roupa que ajusta e modela a silhueta e as palavras pichadas que tomam conta dos muros da cidade.
Sinto muito, mas a beleza ainda precisa ser reparada!


quem me inspira hoje: os vulgares e superficiais