tag:blogger.com,1999:blog-198502082024-02-28T08:34:26.122-08:00pequena estrelaJu*estrela*http://www.blogger.com/profile/10588115836233491250noreply@blogger.comBlogger117125tag:blogger.com,1999:blog-19850208.post-39155998805292592262017-09-21T20:30:00.002-07:002017-10-02T07:37:49.598-07:00*NO METRÔ*<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">'[...] e o coração de quem ama</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">fica faltando um pedaço.'</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
a melhor história de amor ela não quis contar!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<b>"REPARA BEM NO QUE NÃO DIGO." </b></div>
<div style="text-align: right;">
<b>Leminsky</b></div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>sobre o cotidiano</b> - parte IV</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- dentro do metrô a moça se equilibrava com a sua pasta pendurada pela mão. e levemente, no brando balançar do metrô sobre os trilhos, ela ia de um lado para o outro. e a cada movimento dela - uma virada de rosto que fosse, um remexer das mãos qualquer - o cheiro do cigarro exalava e adentrava pelas narinas de um outro passageiro que ali estava também. era apenas manhã e o perfume da moça já tinha um nome: Marlboro. [<i>use perfume até como desodorante. mas não use cigarro como perfume.</i>]<br />
<br />
- ela entrou rapidamente, com as mãos cheias de sacolas, e sentou num lugar vago dentro do metrô. ainda ofegante, olhou para o lado. o olhar dela cruzou com o olhar dele. ela sorriu sozinha, boba. quando, de novo, ela olhou para o lado, novamente os olhares se cruzaram. ela sorriu, sem ser boba. [<i>a beleza de viver é estar atento a tudo e todos. repare bem!</i>]</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
quem me inspira hoje:<span style="font-size: x-small;"> o <i>capitão; o passageiro; aqueles que fumam</i></span></div>
Ju*estrela*http://www.blogger.com/profile/10588115836233491250noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-19850208.post-82277127263914838302017-03-17T08:25:00.003-07:002017-03-17T08:36:12.679-07:00*O DIA E O OUTRO DIA*<span style="font-size: x-small;">'Amanhecerá!<br />De novo, em nós!<br />Amanhã, será?'</span><br />
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b>sobre o cotidiano</b> - parte III</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- numa tarde qualquer, sentada em volta da mesa de café, uma senhora de oitenta e alguns anos, com o olhar e corpo lassos, disse para a sua sobrinha que o presente que ela mais amava ganhar era perfume. e, disse ainda, que o sonho dela era ter diversos perfumes em cima da sua cômoda só para ter o prazer de olhar para eles (mesmo que não fosse usá-los). ainda completou que o único perfume que ela tinha se acabara. sua sobrinha, imediatamente, subiu as escadas correndo e desceu com um vidro de perfume usado para a sua tia. logo após desse impetuoso ato, ela ponderou uma maneira de conseguir outros perfumes para a tão querida tia. [sonhos não envelhecem. sonhos podem virar realidade.]</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- pela manhã bem cedo, indo de carro para algum lugar distante, ela se depara com um homem paralítico, de muletas, correndo pelo calçadão. ela ficou boquiaberta, espantada com a cena que tinha visualizado. [a força nunca seca. nunca é tarde. não desista de viver. seja grato por tudo.]</div>
<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<i>'Mas era só o tremer daquela paz em proporção. [...] ali o acostumar os olhos com o outro mudar.'</i></div>
<div style="text-align: right;">
<i>[Grande sertão: veredas, Guimarães Rosa]</i></div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<br />
quem me inspira hoje: <span style="font-size: x-small;"><i>tia Maura, os que são fortes</i></span>Ju*estrela*http://www.blogger.com/profile/10588115836233491250noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-19850208.post-74214110098250902712017-02-13T13:50:00.001-08:002017-02-13T13:55:28.721-08:00*A SOLIDÃO*<span style="font-size: x-small;">'Triste Bahia!</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Óh quão dessemelhante.'</span><br />
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Preliminarmente a solidão é hostil. Não pede licença. Puxa a cadeira e senta do seu lado. Afasta tudo e todos ao seu redor. Você, absorto em seus pensamentos, nem percebe. E aos poucos, abraçado pela solidão, acaba cedendo a sua cama para ela. E dorme com ela. Fecha os olhos.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas, sutilmente você vai percebendo que é preciso abrir os olhos. Então você acorda e empurra a solidão. Não parecida é a sua força com a da solidão. Só que aos poucos sua força vira tabuada e se multiplica. Você se levanta e, mais uma vez acorda. Acorda pra vida!</div>
<div style="text-align: justify;">
Ligeiramente seu riso se afrouxa novamente. Então, com um sorriso de canto a canto no rosto, você mexe o seu corpo de um lado para o outro e dança. Quase nem se dá conta que é feliz quando sorri e dança, quando conversa com Deus e vê o mar bater as ondas serenamente e balançar. E o seu corpo balança. E sorri.<br />
<br />
O caos sufoca! O silêncio assusta!<br />
Mas, não tão de repente, a paz sossega no peito!<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<i>"A insignificância, meu amigo, é a essência da existência. Ela está conosco em toda parte e sempre. Ela está presente mesmo ali onde ninguém quer vê-la: nos horrores, nas lutas sangrentas, nas piores desgraças. Isso exige muitas vezes coragem para reconhecê-la em condições tão dramáticas e para chamá-la pelo nome. Mas não se trata apenas de reconhecê-la, é preciso amar a insignificância, é preciso aprender a amá-la."</i></div>
<div style="text-align: right;">
<i>[A festa da insignificância, Milan Kundera]</i></div>
<br />
<br />
quem me inspira hoje: <span style="font-size: x-small;"><i>o caos</i></span></div>
Ju*estrela*http://www.blogger.com/profile/10588115836233491250noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-19850208.post-76922815500476912192017-02-04T07:22:00.001-08:002017-02-04T07:25:16.614-08:00*VENCEDOR OU PERDEDOR*<span style="font-size: x-small;">'[...] vou misturar Miami com Copacabana</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Chicletes eu misturo com banana.'</span><br />
<br />
<br />
<b>sobre o cotidiano peculiar </b>- parte II<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
ele, intrepidamente, mandou para ela um questionamento um tanto quanto pessoal:<i> "Começo a questionar a posição de vencedor e perdedor. O que é isso? [...] Perdedor é aquele que não conquista as coisas?". </i>precavida, ela respondeu: <i>"Aos olhos da sociedade, vencedor é quem enfrenta tudo e todos". </i>ele, inteligentemente, continuou a indagá-la:<i> "Então você está me dizendo que vencer ou perder depende de uma construção social, e de que te apontem o que é ser vencedor e ser perdedor?"</i>. timidamente ela disse que sim. então, ele continuou com seus questionamentos demasiado intrigantes:<i> "Se isso é imposto - uma construção social - então a liberdade de escolha existe? Sim, ser perdedor ou vencedor, mas ora bolas, se eu escolher o meio termo, serei medíocre. </i><i>Então, na verdade, minhas escolhas são baseadas nas coisas impostas. E, se me são impostas, como pode ser escolha?" </i>ela inspirou profundo e longamente e, em seguida, respondeu: <i>"Para nos tornarmos vencedores precisamos vencer um desafio imposto, ganhar algum tipo de batalha, provar que somos capazes, do contrário, perdemos a luta. Não precisamos mostrar para alguém que vencemos? Então, para nos tornarmos vencedores temos que nos submeter às condições sociais impostas. Sendo assim, é uma escolha nos submetermos; mas vencer ou perder é resultado disso. Talvez tudo isso - perder ou vencer - seja um jogo imposto, no qual quem não se submete à ele seja o real vencedor, e não o medíocre!"</i> surpreso com as palavras eloquentes por ela colocadas, ele continuou:<i> "Bem posto! O caminho, acredito eu, é este, questionar toda essa construção social e, perceber o quão ela é depreciativa da vida humana."</i> <i>"Para tanto, </i>ela acrescentou,<i> ser um revolucionário?!" </i>ele concordou plenamente. e prosseguiu o pensamento: <i>"Revolução começa quando reconhecemos a nossa condição dentro de um coletivo, e não, apenas, nos isolarmos."</i> o questionamento por ele colocado foi, por hora, encerrado com a sensatez das palavras dela: <i>"Precisamos ser validados e estimulados; e aprender que nossas escolhas é que nos fazem e nos moldam. Temos que deixar de sermos tachados de vencedores e/ou perdedores. Precisamos ser HUMANOS e buscarmos o que é bom e amável (em todas as áreas). Cada um com aquilo que tem de bom - com suas qualidades - somado ao outro e somado ao outro, e assim por diante. Assim seremos melhores e deixaremos de lado o que não é bom em nós." </i>[nossas mentes necessitam de estímulo. e a monotonia precisa ser transgredida.]</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: right;">
<i>"A vida cura a vida e o amor supera em nós o ódio que mata." </i></div>
<div style="text-align: right;">
<i>[Leonardo Boff]</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
quem me inspira hoje: <span style="font-size: x-small;"><i>Pedro Henrique, os que são revolucionarios</i></span></div>
</div>
<div>
<br /></div>
Ju*estrela*http://www.blogger.com/profile/10588115836233491250noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-19850208.post-83340540420491430282017-02-01T10:48:00.000-08:002017-02-01T10:57:01.675-08:00*COTIDIANAMENTE*<span style="font-size: x-small;">'Se um dia eu não souber amar</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Não puder cantar </span><br />
<span style="font-size: x-small;">...</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Nesse dia eu não serei mais eu.'</span><br />
<br />
<b><br /></b>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b>sobre o cotidiano peculiar</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- dias atrás, ao caminhar lentamente pela rua, ela cruzou com duas senhoras que seguiam, tagarelando, na direção oposta: <i>"</i><span style="font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;"><i>_ eu poderia até gostar de homem baixinho, mas se for para gostar, ..."</i>. [gostar é um verbo transitivo indireto. e que nos torna a todos iguais. e para ele não existe tempo exato, certo ou propício. gostar é para quem quer viver e sentir prazer.]</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;">- ontem ela entrou no ônibus, se sentou no assento do corredor. então veio um rapaz vistoso, com sua cesta repleta de brigadeiros e palhas italianas, parou ao lado dela, abaixou a fronte e lhe ofereceu um brigadeiro. ela negou. depois ele anunciou, em alto e bom som, os seus produtos para os passageiros. antes de descer, com um sorriso nos lábios, ele apontou o seu dedo indicador na direção dela e lhe disse para estar preparada para a próxima oportunidade. [a simpatia e o sorriso são atitudes gratuitas que só nos fazem bem. aproveite a oportunidade de sorrir de volta.]</span></div>
<span style="font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;"><br /></span>
<span style="font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;"><i>"Se soubesse como gosto das suas cheganças,</i></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;"><i>você chegaria correndo todo dia."</i></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;"><i>[Leite Derramado, Chico Buarque]</i></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;"><br /></span></div>
<span style="font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;"><br /></span>
<span style="font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;">quem me inspira hoje: </span><span style="font-family: "calibri" , sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><i>os transeuntes, a rua</i></span></span>Ju*estrela*http://www.blogger.com/profile/10588115836233491250noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-19850208.post-67217773997871816212016-08-15T11:41:00.000-07:002016-08-15T11:44:56.207-07:00*SORRISO DESPROPOSITAL*<span style="font-size: x-small;">'It's a long way</span><br />
<span style="font-size: x-small;">...</span><br />
<span style="font-size: x-small;">E se não tivesse o amor</span><br />
<span style="font-size: x-small;">E se não tivesse essa dor.'</span><br />
<br />
<br />
um sorriso desproposital<br />
tal e qual<br />
vem desanuviar<br />
<br />
ele não reparou nas unhas dela por fazer<br />
ele não reparou no cabelo dela desalinhado<br />
ele não reparou ...<br />
ele olhou para ela e abriu um sorriso.<br />
<br />
<br />
Ah, a beleza do outro [pessoa bonita demais]!<br />
Uma certa altivez e um 'não sei bem lidar com ela'; me deixa sem graça.<br />
Essas pessoas parecem que nos são superiores só porque são demasiadamente bonitas.<br />
E elas nem sabem...<br />
<br />
<br />
quem me inspira hoje: <span style="font-size: x-small;"><i>Caetano Veloso, C. D. M., as pessoas bonitas demais</i></span><br />
<br />
<br />Ju*estrela*http://www.blogger.com/profile/10588115836233491250noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-19850208.post-2022443658505802952016-07-11T20:37:00.004-07:002016-07-13T08:50:45.025-07:00*O QUE MAIS VALE*<span style="font-size: x-small;">´É preciso força pra sonhar e perceber</span><br />
<span style="font-size: x-small;">que a estrada vai além do que se vê.'</span><br />
<br />
<br />
Há quem mendiga o pão<br />
E durma no duro chão.<br />
Enquanto outros<br />
Lambem mel,<br />
E voam sobre arranha-céus<br />
Ou giram em carrossel.<br />
Enquanto outros<br />
Lambem fel,<br />
E como teto têm o céu<br />
Ou casa de papel.<br />
<br />
Me digam,<br />
Quanto vale a vida?<br />
Quanto vale o pão?<br />
Será que vale?<br />
<br />
E se as mãos se entrelaçassem?<br />
Um laço!<br />
E se o ódio se abortasse?<br />
Um abraço!<br />
<br />
<br />
Que o nosso olhar se torne atento a ponto de perceber ao redor!<br />
<br />
<br />
quem me inspira hoje: <i><span style="font-size: x-small;">Tiago Iorc</span></i><br />
<br />
<br />Ju*estrela*http://www.blogger.com/profile/10588115836233491250noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-19850208.post-11419260844140886152016-02-12T13:06:00.000-08:002016-05-08T14:00:42.044-07:00*AMORES MEUS: MEU BEM*<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">'Eu sei é um doce te amar</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">O amargo é querer-te pra mim.'</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<u><br /></u></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>¬ Meu Bem</u></b></div>
<div style="text-align: justify;">
Quiçá esta, também, seja a história de amor mais difícil de ser relatada em poucas linhas. É inegável e patente que uma história de amor não é igual a outra; cada qual com sua singularidade e importância. Mas esta é, sem sombra de dúvida, a história de amor mais duradoura, cheia de idas e vindas, com o fim nunca palpável e sempre à espreita de um novo recomeço.<br />
Assim como no circo e na vida, <b>o acaso também tem as suas mágicas</b> [parafraseando Milan Kundera].<br />
Era festa de família e, eu estava ali quase que como uma intrusa, como uma formiga no bolo, uma abelha no mel. E, ele apareceu naquela tarde de sol a pino, quando eu menos esperava encontrar alguém que me enchesse os olhos e me fizesse suar as mãos. Ao avistá-lo, pensei que ele - alto, moreno e um tanto bonito - nunca iria olhar para mim. Eu que não era nem loira, nem muito menos tinha um corpo sarado para fazer jus à beleza dele [assim era como eu imaginava. assim era eu com meus achômetros]. Ledo engano! Nossos olhares se encontraram bem debaixo de uma sombra de árvore, numa longa conversa em uma tarde de sol no sítio Paraíso. E, naquele mesmo dia, naquela festa ao luar, naquela noite fria, parecia haver uma conspiração cósmica à nosso favor. Pistas, doces e travessuras deixadas pelo caminho me levaram até ele. Um beijo aconteceu e nossas mãos se entrelaçaram. Ele me abraçou. O frio acabou. E, um sorriso aberto em mim se fez.<br />
Desse dia em diante foi um turbilhão de emoções e sensações, em miúdos. E no meio de milhões de querer, eu me achava perdida, ou melhor, perdidamente apaixonada. Eram ligações a todo instante só para me chamar de meu bem, viagens para nos vermos, encontros e despedidas. Era começo sem início, fim sem final. Era ida e era volta. E toda ida me destruía, me embaraçava, me destroçava. E toda volta me revirava, me retirava da rota, me desconcertava. E os sentimentos nessa hora? Estupefatos!<br />
Bem como eram cartas de amor - enviadas pelo correios - que falavam de uma casa no campo, com árvores, sombra e rede, cachorro, borboletas vagueando e pássaros a cantar; que falavam, também, da lua e do céu estrelado, de desejos e sonhos, de uma canção e uma oração. </div>
<div style="text-align: justify;">
Era uma música para mim:<br />
<br />
<i>"Difícil não lembrar do que nunca se esqueceu</i><br />
<i>Fácil perceber que o seu amor é meu."</i><br />
<br />
Também era uma música para ele:<br />
<br />
<i>"Eu me conheço mais</i><br />
<i>Olhando pra você eu vou</i><br />
<i>Descobrindo quem sou."</i><br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eram lembranças de um dia bom, presentes, sabores e cheiros. Eram abraços afogados em lágrimas e, lágrimas desmanchadas em beijos. E, era, espantosamente, um pedido de casamento.<br />
Eu sonhava, sonhava absolutamente acordada e, nem imaginava que um sonho bom pudesse se transformar em um pesadelo. Ele que num dia disse que me queria para sempre, num outro dia me pediu um minuto de sossego. Nesse dia o minuto se transformaria em eternidade, em para sempre. Mas, como já dizia O Teatro Mágico, <i>"a cena repete, a cena se inverte [...] e o fim é belo incerto". </i>E o fim dessa história? É um sempre no nunca, é belo incerto, eu sei.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
FIM</div>
<br />
<br />
PS.: talvez essa seja a última história de amor, acrescida de liberdade poética, aqui contada.<br />
<br />
<br />
quem me inspira hoje: <i><span style="font-size: x-small;">F. E., os amores de um dia</span></i></div>
Ju*estrela*http://www.blogger.com/profile/10588115836233491250noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-19850208.post-18907833510238317702015-09-25T12:02:00.000-07:002016-02-09T12:58:05.012-08:00*AMORES MEUS: AMOR*<span style="font-size: x-small;">'Muita coisa importante falta nome.'</span><br />
<br />
<br />
<b><u>¬ Amor</u></b><br />
<div style="text-align: justify;">
O que vem depois da ventania que acordou a memória? Umas lembranças de coisas boas; a história de amor mais cheia de detalhes e peripécias, e, talvez, a mais difícil de ser relatada em poucas linhas.</div>
<div style="text-align: justify;">
Tudo começou lá em Itaúnas, quando o amor me tirou para dançar. Logo eu que não sabia dançar, não tinha molejo e nem requebrava! Mas o amor, assim como a dança, tem dessas coisas, nos surpreende e nos envolve!<br />
Alguém disse que eu e ele combinávamos. E, de fato, nós combinamos muito. Dessa combinação viramos amigos, cúmplices, companheiros, amores. Um amor que virou confusão ou uma confusão que virou amor. Não sei ao certo, porque, realmente, como disse Guimarães Rosa, pra 'muita coisa importante falta nome'. Um desmesurado amor.</div>
<div style="text-align: justify;">
Todas as manhãs ele me acordava com um telefonema: 'amor, te quero'. E eu respondia: 'tô com vontade de você'. Ganhei um beijo de aniversário e dei outro beijo de parabéns. Tinha beijo que parecia mordida e tinha mordida que parecia beijo. Era amor e amizade, beijo e mordida, e um pouco de tudo. </div>
<div style="text-align: justify;">
Ele viajou, por alguns meses, para bem longe, a léguas daqui, para outro país. Me deixou a saudade.<br />
<div>
Ele voltou. Me acordou tocando piano e cantando. Vimos filmes de mãos dadas. Deitamos debaixo de uma árvore e ele recitou Luíza de Tom Jobim. Me ensinou a comer comida japonesa. Me preparou um café da manhã. Me levou para caminhar na praia. Fez estrelas de papel e me deu. Fez um desenho e me deu. Por causa dele eu li Fernando Pessoa e Guimarães Rosa. Por causa dele eu assisti Dogville. Fomos em vários shows juntos. Andamos de bicicleta. Fomos à praia. Viajamos para as montanhas. </div>
<div>
Depois ele viajou, por mais alguns meses, para muito longe também. E foi aí que começamos os Bilhetes de Geladeira, que nos mantiveram unidos durante o tempo e diminuindo a distância. Para cada dia, um bilhete:</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bilhete de Geladeira nº 1</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Amor, não se esqueça de olhar as estrelas todas as noites!</b></div>
<div style="text-align: justify;">
[assim estarei sempre por perto pra não te deixar sozinho e muito menos triste.]</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E foram muitos e muitos bilhetes enviados por e-mail.<br />
<div>
Sobre nossas músicas? São várias que fazem a nossa trilha sonora. Afinal, ele me mostrou seu requintado gosto musical; me fez ouvir Keane, King of Convenience, Belle and Sebastian, Esperanza Spalding, Ella Fitzgerald, dentre outros; cantou Good Luck, para mim, pela webcam; me ligou para dizer que estava passando, na TV, o show da Maria Rita; e, então, fizemos de Grão de Amor a nossa música particular e predileta:</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<i>"Me deixe, sim</i></div>
<div>
<i>Mas só se for pra ir ali e pra voltar</i></div>
<div>
<i>Me deixe, sim</i></div>
<div>
<i>Meu grão de amor</i></div>
<i>Mas nunca deixe de me amar."</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Rimos juntos. Contamos segredos. Descobri um segredo. Me abraçou bem forte. E choramos juntos. Ele viajou outras vezes e não mais voltou. Me deixou sim, mas nunca deixou de me amar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
FIM</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
PS.: outras histórias de amor acrescidas de liberdade poética ainda virão. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
quem me inspira hoje:<span style="font-size: x-small;"><i> N. N., os amores de um dia</i></span></div>
Ju*estrela*http://www.blogger.com/profile/10588115836233491250noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-19850208.post-80090837919611339532015-09-20T21:23:00.000-07:002016-02-09T12:56:30.185-08:00*AMORES MEUS: NUVEM DO CÉU*<span style="font-size: x-small;">'Estranho seria se eu não me apaixonasse por você.'</span><br />
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<u><b>¬ Nuvem do Céu</b></u></div>
<div style="text-align: justify;">
Era uma vez eu, ele e o ciberespaço.</div>
<div style="text-align: justify;">
Eu o conheci quando ainda <b>existia</b> msn, orkut, weblogs, fotologs, zipmail, e quando <b>não existia</b> whatsApp, facebook, gmail, nem Mozzila e nem Google Chrome. Nós nos vimos pela primeira vez pela webcam, quando a irmã dele nos apresentou. A partir desse dia, ele me mandava cartões virtuais, músicas e, também, me telefonava diariamente. Me chamava de estrela, de namorada. E por me chamar de estrela, me mandou esta canção:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>"Estrela ilumina o meu céu</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Me tira esse féu</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Adoça o meu viver [...]"</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu nunca tinha escutado essa canção e, é claro que, desde esse dia, eu nunca mais a esqueci e nem deixei de cantarolá-la!</div>
<div style="text-align: justify;">
Encantada com a doçura dele, eu passava horas e mais horas ao telefone. Adorava a sua voz, o seu jeito de falar, o seu jeito carinhoso e descontraído de ser. Ele cantava pra mim. E eu para ele:<br />
<br />
<i>"Não se admire se um dia</i><br />
<i>um beija-flor invadir </i><br />
<i>a porta da tua casa</i><br />
<i>te der um beijo e partir [...]"</i><br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O primeiro dia em que nos vimos <i>tête-a-tête</i> [cara a cara no sentido físico], depois de longos dois meses, ele me deu um abraço apertado, repleto de afeto, e me rodopiou. Naquele dia eu fui embora com um sorriso escancarado no rosto. Nos vimos algumas outras vezes. E todas as vezes que nos encontrávamos, eu me apaixonava mais. Suas mãos eram longas e macias, e seguravam as minhas carinhosamente. Seu jeito dócil me fazia tão bem. Suas brincadeiras me deixavam como quem sonha.</div>
<div style="text-align: justify;">
No dia do meu aniversário ele veio na minha casa. E, enquanto eu o aguardava no portão, ele abriu a porta do carro, desceu, e cantou:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>"Você não sabe o quanto eu caminhei pra chegar até aqui</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Percorri milhas e milhas antes de dormir,</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Eu nem cochilei [...]"</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É claro que, também, nunca mais, esqueci essa canção!</div>
<div style="text-align: justify;">
Ele segurou a minha mão, me deu uma pulseira, me abraçou forte. Eu me apaixonava cada vez mais. </div>
<div style="text-align: justify;">
Mas, ah! E o por que de <b>Nuvem do Céu</b>? Porque como naquela crônica <b>O Saveiro e a Nuvem</b>, do livro "Moça deitada na grama", de Carlos Drummond de Andrade, assim era ele. Um pequeno trecho da crônica que deu nome à ele:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>"Contou que viera da Bahia, onde tinha um saveiro. Precisou, vendeu, nunca mais arranjara outro. O nome era lindo: </i>Nuvem do céu é você<i>, o senhor não acha? De uma certa Lucindalva, que parecia nuvem: se a gente chegava perto, queria pegar, ela fugia, ficava só impressão de ar, nem isso. [...]"</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Um dia nós saímos. E, quando ele me deixou em casa, eu pedi um beijo, e ele me negou o beijo. Dias depois ele me contou que tinha conhecido a Sabrina.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
FIM</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
PS.: em breve, mais histórias de amor, acrescidas de liberdade poética.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
quem me inspira hoje: <span style="font-size: x-small;"><i>N. R., os amores de um dia</i></span></div>
Ju*estrela*http://www.blogger.com/profile/10588115836233491250noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-19850208.post-64873368735968294242015-09-09T14:13:00.001-07:002016-02-09T12:55:21.211-08:00*AMORES MEUS: PÉS DESCALÇOS*<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">'O amor é paciente.'</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>¬ Pés Descalços</u></b></div>
<div style="text-align: justify;">
Ele chegou por acaso, sorrateiramente, como quem não quer nada.</div>
<div style="text-align: justify;">
Com os pés descalços, aquela pele branca e cabelo liso escorrendo pelo rosto e um jeito meio misterioso de ser, me ensinou a abrir mão do consumo. Eu não precisava passar batom, nem escovar os cabelos ou mesmo vestir a melhor roupa e usar um perfume francês. Os dias eram mais leves, cheios de sintonia e graça. Havia música o tempo todo fazendo pano de fundo. Palavras ganhavam novo sentido e significado. E, eu estava ali com ele todos os dias, sorrindo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ele, me surpreendendo, se vestiu de mágico, pegou sua cartola e de lá retirou o meu coração. Fez mágica, adivinhou a minha vida, leu um soneto de Dom Quixote</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>"Ou não cabe no amor entendimento, ou passa de cruel; e a minha pena não iguala à razão que me condena ao gênero mais duro de tormento. Porém se amor é Deus, conhecimento de tudo tem, e condição amena. Qual pois o poder bárbaro que ordena a dor atroz que adoro, e em vão lamento?</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Sê-lo-eis vós, filis? Inda desacerto; um mal tamanho em tanto bem não cabe, nem de um céu pode vir tanta ruína. Sinto, e sei que o meu fim já tenho perto, porque em mal cuja causa se não sabe é milagre que acerte a medicina."</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ele andou descalço e devagar, de ônibus comigo, ouviu minha voz lendo textos diversos, sonhou, decifrou-me e decifrou-se, escreveu poesia, me fez ouvir música e ver filmes, se deitou, orou. Viajamos e se deu a viagem mais excepcional. Ele preparou um jantar, me deu uma estrela, me contou um segredo, me deu paz. Durante muitos dias ele cuidou de cativar o meu coração. </div>
<div style="text-align: justify;">
Dias depois ele me recebeu em sua casa, me levou para ouvir jazz, fez poesia de novo, andou comigo de moto pela cidade, fez um jantar de despedida e me deixou um cartão - dentro do caderno - que dizia</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>"Sem você parece que falta um pedaço...</i><br />
<i>Sinto saudades!</i><br />
<i>Você completa, soma, compõe. </i><br />
<i>Assim é você."</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
FIM<br />
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: left;">
<span style="text-align: justify;">PS.: em breve, outras histórias de amor, acrescidas de liberdade poética. Aguarde!</span><br />
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
<span style="text-align: justify;"><br /></span><span style="text-align: justify;">quem me inspira hoje: <span style="font-size: x-small;"><i>B. A. </i></span></span><span style="font-size: x-small; text-align: justify;"><i>, os amores de um dia</i></span></div>
</div>
Ju*estrela*http://www.blogger.com/profile/10588115836233491250noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-19850208.post-30082090277049880802015-09-07T21:42:00.001-07:002016-02-19T08:42:18.063-08:00*CENAS DO PRÓXIMO CAPÍTULO*<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">'[...] do nosso amor a gente é que sabe.'</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A vida é tão dura. Os noticiários são repletos de trágicas notícias. O dia a dia é muito exaustivo. Mas vem o amor que nos une, que compensa tanta coisa, que nos faz flutuar, que nos coloca um sorriso no rosto sem a gente menos esperar, e vence tudo e todos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em breve, histórias baseadas em fatos reais sobre o amor e os amores da minha vida. Aguarde!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<i>"Não, a vida não pode ser entendida em duas dimensões, como numa página. Ela precisa ser vivida; toda pessoa precisa sair de sua cabeça, precisa se apaixonar, precisa decorar poemas, precisa saltar de pontes para rios, precisa ficar de pé em um deserto e sussurrar sonetos sob sua brisa."</i></div>
<div style="text-align: right;">
<i>[Fé em Deus e pé na tábua, Donald Miller]</i></div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
quem me inspira hoje:<span style="font-size: x-small;"><i> os amores de um dia, los hermanos</i></span></div>
Ju*estrela*http://www.blogger.com/profile/10588115836233491250noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-19850208.post-27565765990124985402015-08-24T20:03:00.000-07:002015-09-20T21:37:03.675-07:00*ACORDE, UM ACORDE*<span style="font-size: x-small; text-align: justify;">'mas nada te faz deixar de querer</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">quem sabe, outro dia feliz.'</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
afine-se!</div>
<div style="text-align: justify;">
não seja a pedra no meu sapato.</div>
<div style="text-align: justify;">
seja a minha música preferida,</div>
<div style="text-align: justify;">
a cor mais forte, um tom a mais,</div>
<div style="text-align: justify;">
uma rede para me embalar.</div>
<div style="text-align: justify;">
não seja</div>
<div style="text-align: justify;">
apenas seja.</div>
<div style="text-align: justify;">
acorde, um acorde!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
o amor é uma escolha, um estilo de vida, uma confusão, um verbo!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<u>uma estapafúrdia situação:</u> ela para na porta do estabelecimento, olha para fora e vê um homem mulambento arrumar a sua cama debaixo da marquise, se sentar na beira da calçada e, escovar os dentes antes de se deitar. ela se espantou. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
quem me inspira hoje: <span style="font-size: x-small;"><i>o morador de rua, o filme 'amor dos meus amores'</i></span></div>
Ju*estrela*http://www.blogger.com/profile/10588115836233491250noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-19850208.post-44269546617225001802015-08-02T12:26:00.001-07:002015-08-02T13:18:41.336-07:00*TE AMO, MAS ADEUS*<span style="font-size: x-small;">'Sonho não se dá.'</span><br />
<br />
<br />
ando evitando o desconforto<br />
seja ele qual for<br />
brigadeiro ou sal grosso<br />
você ou qualquer outro<br />
sapato apertado<br />
lenço no pescoço<br />
ressaca<br />
desatino ou<br />
desafinado<br />
amor<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggL9zljb67kEMj1BD2q3IAjpPOXazYoCf_VaFSfRZ1K5JWuArKpRFulQK-4G_d3Vs_lB0Won0uOJsVuuw8f1m2XD8JNnxwmBkEdjNvHxha8h6OSEbY0k6hEnyCj2WHbOi1pNhJxA/s1600/teamo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggL9zljb67kEMj1BD2q3IAjpPOXazYoCf_VaFSfRZ1K5JWuArKpRFulQK-4G_d3Vs_lB0Won0uOJsVuuw8f1m2XD8JNnxwmBkEdjNvHxha8h6OSEbY0k6hEnyCj2WHbOi1pNhJxA/s200/teamo.jpg" width="200" /></a></div>
<span id="goog_1926498254"></span><span id="goog_1926498255"></span><br />
<br />
______,<br />
te amo<br />
mas você não canta no chuveiro.<br />
Adeus!<br />
@teamomasadeus<br />
[#teamoadeus]<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
quem me inspira hoje: <span style="font-size: x-small;"><i>os que amam e os que desamam</i></span>Ju*estrela*http://www.blogger.com/profile/10588115836233491250noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-19850208.post-7195367804554163442015-07-23T11:38:00.001-07:002015-08-15T11:19:43.470-07:00*DETALHES, REPARE*<span style="font-size: x-small;">'Somos beijos de partida</span><br />
<span style="font-size: x-small;">e abraço de quem chegou.'</span><br />
<br />
<br />
ele esquece as horas, e que horas é o jogo do seu time;<br />
esquece o cigarro apagado e aquela canção que fala da criança com seu olhar;<br />
mas não esquece o beijo.<br />
os meus cílios não são postiços e nem as minhas longas unhas.<br />
ela odeia mentira na mesma medida que odeia pentelho no sabonete.<br />
ele quer ser o texto e não o pretexto.<br />
ela não pede demais, só não quer que seja de menos.<br />
...<br />
e aos poucos você vai sumindo<br />
assim, tão displicente.<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<i>à noite</i></div>
<div style="text-align: right;">
<i>fantasmas das coisas não ditas</i></div>
<div style="text-align: right;">
<i>sombras das coisas não feitas</i></div>
<div style="text-align: right;">
<i>vêm</i></div>
<div style="text-align: right;">
<i>pé ante pé</i></div>
<div style="text-align: right;">
<i>mexer em seu sonhos</i></div>
<div style="text-align: right;">
<i>[Toda Poesia, Paulo Leminski]</i></div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<br />
quem me inspira hoje: <span style="font-size: x-small;"><i>os que reparam</i></span><br />
<br />Ju*estrela*http://www.blogger.com/profile/10588115836233491250noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-19850208.post-46682659711441281832015-07-19T12:52:00.001-07:002015-07-19T12:54:17.450-07:00*DESAMOR, DIZ AMOR*<span style="font-size: x-small;">'Mesmo que eu tenha que mudar</span><br />
<span style="font-size: x-small;">móveis e lembranças do lugar...'</span><br />
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Malandragem pura: <b>eu trapaceio o meu coração! </b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
meu coração não é de papel,</div>
<div style="text-align: justify;">
meu coração não é de pedra não.</div>
<div style="text-align: justify;">
meu coração é feito o verbo amar,</div>
<div style="text-align: justify;">
é dar o pão, é estender a mão,</div>
<div style="text-align: justify;">
é caminhar junto.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Engraçado é pensar que, por amor, as pessoas se tornam - algumas vezes - cruéis.</div>
<div style="text-align: justify;">
Às vezes é melhor não amar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
quem me inspira hoje: <span style="font-size: x-small;"><i>os que dilaceram o peito</i></span></div>
Ju*estrela*http://www.blogger.com/profile/10588115836233491250noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-19850208.post-52381574459508907172015-05-25T21:59:00.000-07:002015-05-26T20:20:18.382-07:00*ÀS AVESSAS*<span style="font-size: x-small;">'Alguns infinitos são maiores que outros.'</span><br />
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
O texto a seguir é baseado em fatos reais, acrescido de liberdade poética e de invenções.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nada contra a rotina de todos os dias, nem mesmo contra a incansável força de se viver na cidade. Mas, <b>às avessas</b> de tudo isso e transgredindo a monotonia, vale muito uma aventurada e <u>bem-aventurada</u> viagem para fazer com que certos dias sejam inesquecíveis. Todo pequeno e mero detalhe de uma jornada, seja lá para qual destino for, sobrepõe a morbidez dos dias <span style="font-size: 16px; text-align: justify;">– </span>não todos <span style="font-size: 16px; text-align: justify;">– </span>da cidade em que se vive.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quiçá seria pedir muito que num ônibus sujo e fedorento tivesse wi-fi para nos distrair durante uma longa e exaustiva viagem. Porém, com toda certeza, essa e outras peripécias, ao longo de uma peregrinação, nos tiram altas risadas que fazem a barriga doer. Outro exemplo é descobrir algo tão óbvio e, ao mesmo tempo, ridículo, como a origem do nome da fanpage Gina Indelicada.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois das risadas vêm os sabores diversos deixados pelas experiências do paladar, podendo ser um gosto um tanto inusitado como o do brigadeiro santo, ou mesmo um gosto mais requintado de um café local. E, com os sabores nós carregamos os cheiros para agregar valor às lembranças: o cheiro do brigadeiro santo, do café ferroá, da terra, da água, do mato, do carro, do povo, do guia, do vilarejo, da pousada, da quitanda, dos lanches, e até mesmo da maresia no alto do Pai Inácio.<br />
<br />
Contudo, nem tudo são sabores e cheiros, nem flores, amores e blá blá blá. Há também a cantoria sem fim dentro do carro [desde Djavan, Maurício Manieri, até Mamonas Assassinas] <span style="font-size: 16px;">– </span>interrompendo a melhor trilha sonora: The Beatles; o insólito ensaio fotográfico de um nú artístico que por lá ficou; uma massagem pra lá de à flor da pele; uma proposta indecente e um papo filosófico dentro do ônibus.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
De repente são João's e as Não Maria's, todos eles resistindo ao cansaço e se entregando à simplicidade, grandeza e beleza que a natureza nos traz.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por fim, para se tornar ainda mais extravagante e exuberante a viagem, nada como um jantar à luz de velas, em pleno dia dos namorados, feito por um para todas elas; nada como uma flutuação em águas cristalinas ou dentro de uma caverna; nada como um rapel na cachoeira do mosquito; uma cerveja bem gelada ou uma dose mais forte; uma pausa para o lanche saudável ou para a música no beco; um perambular pelo vilarejo; uma rede para descansar; um 'tu hablas español?' ou 'do you speak english?'; um forró no meio da praça; uma trilha infinda por entre cobras, pedras, cachoeiras, gringos, plantas medicinais, ... <b>Nada como essa força toda para escarafunchar os dias e enxergar a grandeza de todas as coisas!</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E, se por acaso você se perder pelo caminho, lembre-se de tudo aquilo que foi e é bom!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<i>'Sempre que encontramos o belo, nosso coração desperta, estremece, aviva-se, experimenta emoções, porque há um poder extraordinariamente mágico nas menores coisas [...].' </i></div>
<div style="text-align: right;">
<i>Convite à solitute, Brennan Manning</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
quem me inspira hoje: <span style="font-size: x-small;"><i>as 'calcinhas', os guias, a Chapada Diamantina</i></span></div>
Ju*estrela*http://www.blogger.com/profile/10588115836233491250noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-19850208.post-30910819383657635032015-02-11T19:51:00.002-08:002015-02-11T19:54:03.674-08:00*CONVERSA FIADA*<span style="font-size: x-small;">'... fundamental é mesmo o amor.'</span><br />
<br />
<br />
Cada um conta de uma maneira:<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
uma vez ela gostou e narrou que era deveras caô cada jura de amor, cada lágrima caída, cada carta escrita, cada afeto demonstrado, cada abraço e cada beijo dado. e dessa mentira desejou-se verdade, mágica. ele que muito amou, chorou; e do pranto fez-se um canto, um manto um tanto mágico. ele queria apenas olhar nos olhos dela e saber que era amor.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<b><i>"E eu, tantas vezes reles..."</i></b></div>
<div style="text-align: right;">
<b><i>Fernando Pessoa</i></b></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="text-align: justify;"><br /></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="text-align: justify;"><br /></span></div>
<div>
<span style="text-align: justify;">quem me inspira hoje: </span><span style="font-size: x-small; text-align: justify;"><i>Alexsandra Lopes, os que extrapolam a história</i></span></div>
Ju*estrela*http://www.blogger.com/profile/10588115836233491250noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-19850208.post-75911505773506059652014-12-04T18:04:00.001-08:002014-12-04T18:04:26.557-08:00*INFINITOS MAIORES QUE OUTROS*<span style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">'Espero que você não se vá</span></span><br />
<span style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">se eu não tiver nada mais para te contar.'</span></span><br />
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
<span style="text-align: justify;">Um pequeno trecho de uma entrevista que o designer Christian Loubotin deu à Bravo:</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i>
<i>"Meus saltos deixam o caminho mais lento, dá mais tempo para observar a vida. É muito triste passar pela vida com pressa sem aproveitar o presente dos momentos."</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em meio a tempos de cobranças e pressa pra se caminhar e avistar ao longe, talvez um intervalo de sossego forçosamente adquirido, usando artifícios, tais como salto alto para caminhar, livro para ler dentro do ônibus, música para se ouvir durante um trajeto qualquer, um riso despretensioso para alguém, uma bicicleta para ir estudar ou trabalhar, caminhada no retorno do expediente e, etc., fizessem os dias mais aprazíveis e tornassem esses <b>infinitos maiores que outros - </b>pois existem momentos tão especiais, que deles queremos fazer infinito o instante e, assim, cada infinito vai se tornando maior que o outro. </div>
<div style="text-align: justify;">
As desculpas e justificativas para deixar de lado esses momentos - sem luxo e sem importância social - são muitas: o cansaço, o horário, a ganância, a preguiça, a maternidade e a paternidade, a fome e, por aí se estende a lista das justificativas que encontramos para deixarmos de observar os pormenores delicados da vida.</div>
<div style="text-align: justify;">
É evidente que desacostumados do sossego e da delicadeza dos dias, o contento com a serenidade se dispersa por aí!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<i><b>"O único mistério do universo é o mais e não o menos."</b></i></div>
<div style="text-align: right;">
<i><b>Fernando Pessoa</b></i><br />
<i><b><br /></b></i>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
quem me inspira hoje: <span style="font-size: x-small;"><i>os paulistanos</i></span></div>
</div>
Ju*estrela*http://www.blogger.com/profile/10588115836233491250noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-19850208.post-74905129290944721892014-01-28T17:32:00.004-08:002014-01-28T17:32:59.213-08:00*ENQUANTO ISSO*<span style="font-size: x-small;">'cantando </span><br />
<span style="font-size: x-small;">dormindo na estrada, no nada, no nada</span><br />
<span style="font-size: x-small;">e esse mundo é todo meu.'</span><br />
<br />
<br />
enquanto isso a gente segue olhando a multidão<br />
enquanto isso ela segue no meio da multidão<br />
enquanto isso, a gente<br />
enquanto isso, ela<br />
enquanto isso<br />
isso.<br />
<br />
<br />
quem me inspira hoje:<i><span style="font-size: x-small;"> Karolina Lima, eles</span></i>Ju*estrela*http://www.blogger.com/profile/10588115836233491250noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-19850208.post-74937452414559286522014-01-19T19:59:00.001-08:002014-01-19T20:33:51.239-08:00*O ENCONTRO MARCADO*<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">'... por onde se engana o coração</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">se encontra a saída pra vida.'</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivLFGoBj7DgB6sgqTTKoyV6b_jwXvIdKKezddIsSfX1qnvyDcBRYQWj8RPLJ-LzwetFu_F3_uLCHYjevmNw5mtJLSEjtzDQfjgHqnRZJ3QEThQ6RA4jQjiHfSXLL6Hm9lq3M71Ew/s1600/as+tr%C3%AAs.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivLFGoBj7DgB6sgqTTKoyV6b_jwXvIdKKezddIsSfX1qnvyDcBRYQWj8RPLJ-LzwetFu_F3_uLCHYjevmNw5mtJLSEjtzDQfjgHqnRZJ3QEThQ6RA4jQjiHfSXLL6Hm9lq3M71Ew/s1600/as+tr%C3%AAs.jpg" height="226" width="320" /></a></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em "O Encontro Marcado" o autor Fernando Sabino relata uma parte em que três amigos combinam um encontro no futuro. Pensando nesse encontro futuro marcado, eu me remeto ao passado e me lembro de um dia, com duas amigas, há algum tempo, termos tirado uma foto para a posteridade e, registrado também, três senhoras juntas conversando na rua e, dizíamos, então, ser elas nós três no futuro distante. E a vida passa, e é um leva e trás de ventanias e sóis, que encantam e desencantam. Agora eu penso e tenho certeza de que a vida não acontece sempre como a gente quer, sonha ou imagina; a vida nos surpreende e o controle de tudo foge de nossas mãos. Não imaginei tanta coisa, tanto encanto e desencanto, assim como também não imaginei que a lucidez dos anos, a maturidade da vida fosse, ao mesmo tempo, amargo e doce. Depois que nos tornamos adultos adquirimos razão diante das coisas e de tudo, e isso requer de nós um esforço para enxergarmos beleza espalhada por aí. Nosso<b> encontro marcado</b> precisa ser com a beleza, diariamente, seja ela qual for - a flor, o amor, o céu, o carrossel, a estrada, a saia, você!<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>O tempo todo caminha.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>Se para, acompanha-se</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>de uma só linha</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>era uma vez</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>era uma vez</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>era uma vez</i></div>
<i>[Paulo Leminsky]</i><br />
<br />
<br />
Quem me inspira hoje: <i><span style="font-size: x-small;">cada um e cada coisa </span></i><br />
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
Ju*estrela*http://www.blogger.com/profile/10588115836233491250noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-19850208.post-78162340312466826042012-10-23T18:23:00.000-07:002012-10-23T18:55:35.560-07:00*INCÔMODO*<span style="font-size: x-small;">'flor amarelinha colorida de hidrocor</span><br />
<span style="font-size: x-small;">esse jardim é todo feito de isopor ...'</span><br />
<br />
<br />
Que se perca o comodismo por
algum instante –<i> </i><br />
<i>‘[...] por aquela ânsia e
soência, de avançar, a avançar, agora podia desequilibrar a boa regra de tudo.’
[Guimarães Rosa em Grande Sertão: veredas]</i><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><a href="http://neologismosgr.blogspot.com.br/2010/06/significado-de-soencia.html" target="_blank">SOÊNCIA</a> – derivado do verbo soer. Costumar, ter
por hábito.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O que me incomoda é a comodidade
de ser/ter/estar que se instala em nós. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nos acostumamos, logo nos acomodamos com
o que temos, com o que somos e onde estamos, porque é simplesmente confortável permanecer assim, sem nada mudar. Aceitamos
a ‘boa regra’ de que tudo precisa ser de uma maneira só. Não que eu ache ruim, mas, e se eu quisesse e preferisse me arriscar e inverter a ordem, fazer
diferente do esperado, frustrar as expectativas, começar tudo de novo, mudar de lugar, andar de bicicleta,
cuidar somente dos filhos, fazer outra faculdade, etc? Infelizmente nem tudo o que é confortável é o melhor.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Acho que vez ou outra, por algum
instante, temos que nos permitir experimentar coisas novas e diferentes, ter
desejos maiores, avançar, sair do conforto, se incomodar.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Busque a felicidade e não a boa regra de tudo!</div>
<br />
<br />
<div class="fr0" style="text-align: justify;">
<b>Eu sei mas não devia</b><br />
[Marina Colasanti]</div>
<div class="fr0" style="text-align: justify;">
<br />
Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia. </div>
<div class="fr0" style="text-align: justify;">
A gente se acostuma a
morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as
janelas ao redor. <br />
E porque não tem vista, logo se acostuma a não abrir de todo as
cortinas. </div>
<div class="fr0" style="text-align: justify;">
E porque não olha pra fora, logo se acostuma a aceder cedo a
luz.<br />
E a medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a
amplidão. </div>
<div class="fr0" style="text-align: justify;">
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque
está na hora.<br />
A tomar café correndo porque está atrasado. </div>
<div class="fr0" style="text-align: justify;">
A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem.<br />
A comer sanduiche porque não dá para almoçar. </div>
<div class="fr0" style="text-align: justify;">
A sair do trabalho
porque já é noite. </div>
<div class="fr0" style="text-align: justify;">
A cochilar no ônibus porque está cansado. </div>
<div class="fr0" style="text-align: justify;">
A deitar
cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia. </div>
<div class="fr0" style="text-align: justify;">
A gente se acostuma a esperar
o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir.<br />
A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta.<br />
A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.<br />
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. </div>
<div class="fr0" style="text-align: justify;">
E
a lutar para ganhar dinheiro com que pagar. </div>
<div class="fr0" style="text-align: justify;">
E a pagar mais do que as
coisas valem. </div>
<div class="fr0" style="text-align: justify;">
E a saber que cada vez pagará mais. </div>
<div class="fr0" style="text-align: justify;">
E a procurar mais
trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em
que se cobra.<br />
A gente se acostuma à poluição. </div>
<div class="fr0" style="text-align: justify;">
Às salas fechadas de ar condicionado e
cheiro de cigarro.</div>
<div class="fr0" style="text-align: justify;">
À luz artificial de ligeiro tremor. </div>
<div class="fr0" style="text-align: justify;">
Ao choque que os
olhos levam na luz natural. </div>
<div class="fr0" style="text-align: justify;">
Às bactérias da água potável. </div>
<div class="fr0" style="text-align: justify;">
A gente se
acostuma a coisas demais, para não sofrer. </div>
<div class="fr0" style="text-align: justify;">
Em doses pequenas, tentando
não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma
revolta acolá. <br />
Se a praia está contaminada a gente molha só os pés e sua no resto do
corpo. </div>
<div class="fr0" style="text-align: justify;">
Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce
um pouco o pescoço. </div>
<div class="fr0" style="text-align: justify;">
Se o trabalho está duro a gente se consola pensando
no fim de semana.<br />
E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.<br />
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a
pele. </div>
<div class="fr0" style="text-align: justify;">
Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para poupar o
peito. </div>
<div class="fr0" style="text-align: justify;">
A gente se acostuma para poupar a vida.<br />
Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, que se perde de si mesmo.</div>
<div class="fr0" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="fr0" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="fr0" style="text-align: justify;">
quem me inspira hoje: <i><span style="font-size: x-small;">Sueli Emerich, Maressa Moura, Gustavo Dias</span></i> </div>
<span class="aut"></span>Ju*estrela*http://www.blogger.com/profile/10588115836233491250noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-19850208.post-47037107599522168432012-08-02T19:16:00.001-07:002012-08-02T19:19:17.066-07:00*O CABELO, O VESTIDO, O PRETO E EU*<span style="font-size: x-small;">'... eu vou ficar te olhando</span><br />
<span style="font-size: x-small;">pro seu sono ser bom'</span><br />
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
deixe molhar na chuva e pingar nas plantas pra esverdear os dias de sol que esquenta a pele e clareia a cidade! deixe a vida ser leve! </div>
<br />
<br />
<i>Pra nós...</i><br />
<br />
<i>O calor, o ar, uma brisa</i><br />
<i>Toda avenida,</i><br />
<i>E toda avenida ao nosso redor</i><br />
<i>Pra descontrair, atrair.</i><br />
<br />
<i>A criança, o parque, um riso</i><br />
<i>Toda leveza,</i><br />
<i>E toda leveza ao nosso redor</i><br />
<i>Pra sentir, perceber.</i><br />
<br />
<i>A letra, a música, uma poesia</i><br />
<i>Toda vida,</i><br />
<i>E toda vida ao nosso redor</i><br />
<i>Pra levar, desfrutar.</i><br />
<br />
<i>Se soprar, sinta...</i><br />
<i>O cabelo balançar, o vestido voar, o preto realçar,</i><br />
<i>E eu irei absorver.</i><br />
<br />
<i>Pra nós o amor</i><br />
<i>Pra vida ser mais eu, você e todos nós! </i><br />
<i>Se alcançar, prenda! </i><br />
<br />
<br />
quem me inspira hoje:<i><span style="font-size: x-small;"> as amigas da av. paulista</span></i>Ju*estrela*http://www.blogger.com/profile/10588115836233491250noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-19850208.post-92072260852668978792012-06-28T10:48:00.003-07:002012-06-28T20:25:55.891-07:00*PRESTÍGIO DELA*<span style="font-size: x-small;">'a moça tá diferente</span><br />
<span style="font-size: x-small;">guarda um segredo, um desatino'</span><br />
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
ela finge que dorme só para ser acordada com ele tocando pra ela; ela fica quieta ouvindo ele recitar um poema; ela segura a mão dele enquanto assistem um filme; ela sai na rua abraçada com ele; ela escreve poesia enquanto ele canta pra ela; ela aprende a comer sushi com ele; ela chora e ri, vai ao teatro e ao cinema com ele; ela se inventa enquanto ele se re-inventa pra ela.</div>
<div style="text-align: justify;">
quase sempre tem um sol, o nome dele e, quase sempre é inevitável não saber que ele lhe faz feliz!</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>esse AMOR é somente um PRESTÍGIO dela!</b></div>
<div style="text-align: justify;">
tem
amor que não se explica, tem gente que chega pra ficar e, isso não quer
dizer que serão amantes, serão apenas amados [seja lá qual a
forma que esse amor tiver].</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-size: small;">destoante do sossego, a rudeza que se opõe com todo vigor à delicadeza dos gestos, à gentileza! </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/Yo1cOTrRvFA" width="560"></iframe><br />
<br />
eu queria que os seres humanos fossem um tanto elegantes - pra não dizer
inteligentes e chamá-los de burros - para deixarem de lado essa sede e
fome de acúmulo de bens e, olhassem pro lado, pra frente, pra todos os
lados e, assim, perceberem que tem gente morrendo de inanição, que o
outro sente dor, que no mundo falta amor.</div>
<br />
<br />
quem me inspira hoje:<i><span style="font-size: x-small;"> os que são gentis</span></i></div>Ju*estrela*http://www.blogger.com/profile/10588115836233491250noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-19850208.post-24440282444747568832012-06-23T17:48:00.001-07:002016-10-13T09:29:14.563-07:00*VULGAR E SUPERFICIAL*<span style="font-size: x-small;">'para todas as coisas: dicionário<br />
para que fiquem prontas: paciência<br />
para dormir a fronha: madrigal<br />
para brincar na gangorra: dois'</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>"[...] A liberdade é inevitavelmente mais imprecisa. A liberdade é aquele espaço em que a contradição pode reinar, é uma discussão interminável. [...] E é também mais que mero relativismo, porque não é meramente um palavrório sem fim, mas um lugar onde as escolhas são feitas, os valores definidos e defendidos."</i></div>
<div style="text-align: right;">
<i>Márcia Fontes </i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Enquanto as mulheres vulgarizam a beleza e os homens depreciam as palavras, ou vice-versa, o mundo vai se inundando de vulgaridade e a superficialidade vai se tornando característica comum. E, no compasso dos tempos, no tique-taque dos relógios, a vulgaridade e a superficialidade vão sendo cada vez mais naturais e as pessoas mais artificiais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
falta o singular, o encanto, o olhar atento</div>
<div style="text-align: justify;">
sobram os vazios e infinitas indagações</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por acaso o sujeito lá repara no lápis de cor da criança que colore o papel? Ou repararia ele nas cores das roupas no varal? Ou mesmo no verso simples escrito em um guardanapo? Que nada! O sujeito se interessa muito mais em ver a cor do batom na boca, a roupa que ajusta e modela a silhueta e as palavras pichadas que tomam conta dos muros da cidade.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
Sinto muito, mas a beleza ainda precisa ser reparada!<br />
<br />
<br />
quem me inspira hoje: <i><span style="font-size: x-small;">os vulgares e superficiais</span></i><br />
<br />Ju*estrela*http://www.blogger.com/profile/10588115836233491250noreply@blogger.com0