sorriso besta . cabelo ao vento . pés descalços . abraço apertado

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

*PONDERAÇÕES*

tenho falado de amor, mas não tenho dito que estou amando alguém.
são palavras que um dia escrevi e, que agora deixo aqui para vocês.
o amor pode estar por aqui, pode chegar a qualquer momento.
ainda não sei.

a gente discursava sobre o saber...
é tão difícil entender política, compreender filosofia, conhecer música e arte, falar e ler idiomas, discutir religião, ... a fundo!
admiramos todos os que possuem retórica.

... e vai acabando mais um mês. e eu quero mais.
quero conhecer o que ainda não sei e entender o que ainda não posso.
quero pesar tudo e avaliar.

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Diálogo:

— Esse é seu blog? [ele]

— Sim. [eu]

— É de poesia. Ah! O meu é melhor. [ele]

— Cada um gosta de escrever de forma diferente do outro. [eu]

SILÊNCIO!


não pense que tudo por aqui é poesia.
tudo aqui é muito mais que frases poéticas, rimas, palavras cabidas.
tudo aqui pode transbordar de emoção e de sensibilidade sim.
mas ainda assim falar da vida de forma razoável e real.
é só parar e reparar.

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enquanto ando sem tempo, encontro espaços para trabalhar, ler e meditar...
leio e recomendo:
As Boas Mulheres da China

=> um livro que retrata as tristes e chocantes histórias das mulheres da China durante o regime comunista.

um trecho:
"... Abri caminho por entre a multidão, gesticulando na direção dela e dizendo aos soluços que aquela era minha filha. Os escombros não me deixavam passar. As pessoas começaram a ajudar, tentaram escalar a parede onde a minha filha estava presa, mas a altura era de no mínimo dois andares e ninguém tinha ferramentas. Eu não parava de gritar o nome de Xiao Ping, mas ela não me ouvia.
Algumas mulheres, e depois uns homens, começaram a gritar junto comigo, para me ajudar. E logo estava todo mundo gritando 'Xiao Ping! Xiao Ping!'
Ela finalmente nos ouviu. Levantou a cabeça e usou a mão livre, a esquerda, para afastar o cabelo do rosto. Eu sabia que ela estava me procurando. Parecia confusa, não conseguia me enxergar entre aquela gente nua ou seminua. Um homem ao meu lado começou a empurrar para um lado as pessoas que estavam ao meu redor. De início ninguém entendeu o que ele estava fazendo, mas logo ficou claro que ele estava tentando abrir um grande espaço à minha volta para que Xiao Ping pudesse me ver. Deu certo. Xiao Ping gritou 'Mamãe!' e me acenou com a mão livre.
Gritei de volta, mas minha voz estava rouca e fraca. Então, levantei os braços e acenei para ela. Não sei quanto tempo passamos chamando e acenando. Finalmente alguém me fez sentar. Ainda havia um grande espaço vazio ao meu redor, de modo que Xiao Ping podia me ver. Ela também estava cansada, a cabeça pendia e ela arquejava. Pensando naquele momento, fico perguntando por que ela não gritou para que eu a salvasse. Nunca disse nada como 'Mamãe, me salve' nada disso."


Que tudo pareça extremamente doce!


Eu vou, mas eu volto... *estrela*

sexta-feira, fevereiro 08, 2008

*CARTA PARA VOCÊ*

... e continuo com essas e estas palavras [rabiscadas há tempo] que saltam entre nuvens nebulosas tentando enxergar um raio de sol qualquer.

Se você entendesse um pouco da minha escrita, escreveria palavras em versos, manchadas de tinta viva de uma cor qualquer, que refletisse o que meu peito prende e teima não soltar.
Se você compreendesse um tanto o bastante da palavra “abstrato” em nós marcada, desenharia formas disformes com cores diversas, que representasse o que o oculto em nós anseia mostrar.
Como ainda acho que você não entende e nem tampouco compreende recados codificados que em nossas volta insiste em permanecer cadenciado em letras, cores e formas, deixo escorrer cada código em você, que depois se juntarão sem nexo, sem rima e sem sentido. Talvez nem se encontrem e, cairá cada um deles num abismo sem chão.
Quem sabe assim, todos eles aprendam a voar e permaneçam a vagar, até o dia que quando estiveres pronto e todos os códigos prontos também, se juntem diante de você num emaranhado surreal, mas que agora decifra os meus, os seus, os nossos mais ousados desejos e sonhos que outrora existiu e, quem sabe, por sorte, possa ainda existir.

Permita-se decifrar o que poucos podem.


PS.: para alguém que não sabe [nada platônico!].

Eu vou, mas eu volto... *estrela*